por Luiz Correia de Araujo e Luiz Antonio Pereira
A Cagarra é a ilha mais visível, por isso dá o nome ao arquipélago.
Por ser a mais alta, 79 m de altitude, e ser coberta de guano, que lhe dá um tom esbranquiçado, a Cagarra Grande, como é conhecida entre pescadores, pode ser avistada de mais longe do que as outras ilhas do arquipélago. Ela abriga uma enorme quantidade de pássaros: atobás, gaivotas, bem-te-vis e as enormes fragatas constroem lá os seu ninhos.
Na sua face noroeste, há um paredão rochoso com quase 90 graus de inclinação. O local é usado por alguns montanhistas para escaladas esporádicas. Com um fundo arenoso entremeado por pedras isoladas, a profundidade varia de 8 metros, na ponta leste, a 22 metros, no extremo oeste.
O costão sul é, por assim dizer, mais selvagem. Seu fundo tem mais pedras e a vida é mais rica. A profundidade é semelhante ao lado oposto da ilha, com pontos mais profundos nas extremidades leste e oeste.
No lado leste há um saco que serve de abrigo precário do vento sudoeste. A profundidade pode chegar a 24 metros ao se seguir no rumo leste em direção a Laje da Cagarra, onde se encontram diversos rochedos submersos.
A Ilha das Palmas é caracterizada, é claro, pelas suas enormes palmeiras.
É onde se encontra a vegetação mais exuberante do arquipélago. Seu ponto mais alto encontra-se a 49 metros. Até mesmo um enorme lagarto foi avistado próximo à ponta voltada para sol poente.
O lado norte possui uma geografia peculiar com enormes pedras rachadas que repousam no leito de areia. A profundidade é a mais rasa do arquipélago: varia de 3 metros a 15 metros, esta no extremo oeste.
O costão sul possui nas suas extremidades duas lajes submersas, que só afloram com o mar agitado ou na maré vazante.
No lado sudeste, há um pequeno saco. E, pelo lado voltado para Ipanema, a noroeste, há um outro saco de rara beleza. Nesta área, existe ainda uma pequena laje submersa a 10 metros da superfície. Infelizmente, devido a proximidade da saída do emissário submarino de Ipanema, muita sujeira é encotrada no local.
A Comprida, como diz seu nome, é a mais longa e a maior das Cagarras.
É também a de desembarque mais fácil. Infelizmente, alguns visitantes não levam seu lixo de volta e, por isso, é a ilha onde se encotra a maior concentração de urubus.
Na face noroeste há diversos pontos para desembarque, relativamente precários. A vegetação chega próxima do mar. Além disso, é o lugar mais tranqüilo do arquipélago: barcos de turismo e de pesca costumam ancorar neste local. Trata-se também da área preferida dos golfinhos, que freqüentemente visitam as ilhas. A profundidade varia de 3 a 15 metros.
Neste costão há um pequeno e recente naufrágio e uma laje submersa conhecida como Laje do Lúcio; numa referência a seu descobridor, Lúcio Lenz Gonçalves, mergulhador e proprietário do charmoso restaurante Vice-Rey, na Barra da Tijuca (zona oeste carioca).
O lado sul é bem mais selvagem e profundo. A profundidade pode chegar a 35 metros. A nordeste da Comprida, há um estreito canal que a separa do rochedo conhecido como Praça Onze.
No extremo sudoeste, que mergulhadores e pescadores chamam de Ponta Sul, existe uma laje submersa, cuja profundidade chega a 27 metros. Acima d'água se encontra também o ponto mais alto da Ilha Comprida, com 74 metros de altitude.
A Laje da Cagarra fica em frente ao Forte de Copacabana.
É o rochedo mais a nordeste do arquipélago, e mais próximo da terra.
Existem várias lajes submersas por aqui. Navegar próximo ao costão é tarefa para os mais experientes. Já houveram vários naufrágios de pequenas embarcações nesta região.
É uma área de pesca abundante, mas pela falta de abrigo, deve-se ter cuidado redobrado, pois o embarque e desembarque podem ser perigosíssimos.
A profundidade varia de 3 a 28 metros.
O Filhote da Cagarra, o Matias e a Praça Onze são uma pequena ilhota e dois rochedos, respectivamente, que poucos conhecem.
Escondidas a sudoeste da grande ilha da Cagarra, elas têm seus segredos.
No Filhote da Cagarra, única das três que possui vegetação, existe uma pequena piscina formada entre as pedras.
A leste do Matias há uma laje que aflora e, navegar nos canais entre a Comprida e a Praça Onze e entre a Praça Onze e o Matias pode ser perigoso. Há muitos escolhos à flor d'água. O mais prudente é contornar os rochedos.
A profundidade varia de 3 a 15 metros a oeste e pode chegar a 27 metros a leste.
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